O fim do apego às denominações evangélicas
Esse é um fenômeno que vem ocorrendo com força e velocidade nos EUA, segundo o teólogo Russel D. Moore. As pessoas – diz o estudioso – estão procurando igrejas por que são próximas às suas casas ou por gostarem de determinado tipo de grupo de louvor, não mais por afinidade doutrinária com batistas, presbiterianos ou metodistas. Da minha parte, gosto e desgosto da notícia. Veja o porquê.
Gosto. Confesso que a existência de milhares de denominações evangélicas me entristece profundamente. Todas as denominações que conheço “nasceram no coração de Deus”, ou eram um “sonho do Altíssimo”, pelo menos na visão de seus líderes. Entretanto, a maioria (senão todas!) delas surgiu de brigas e profundos desentendimentos entre irmãos que discordaram de algo e não foram capazes de, juntos e em oração, decidirem por um caminho de conciliação. Vale lembrar a bronca que o apóstolo Paulo deu nos coríntios por ficarem fazendo divisão na igreja (leia I Cor 3.3) entre os “de Paulo” os “de Apolo”. A maioria das denominações evangélicas apresenta diferenças mínimas em termos de doutrinas.
Dessa forma, as igrejas tradicionais pecam por se achar as melhores representantes da “verdadeira igreja”. Às vezes, parece que gostam mais de si mesmas do que do próprio Reino de Deus (plural e multiforme). Quantas vezes batem no peito para afirmar o “orgulho de ser [coloque o nome da denominação]” e menosprezam outros irmãos e ministérios seríssimos vindos de outras igrejas. Já vi pregações sobre “denominação”, ao invés de falar de Jesus e seu Reino. Enfim, as pessoas já não estão mais procurando igrejas orgulhosas de si mesmas, mas lugares onde possam encontrar um bom pregador, ou uma boa equipe de louvor ou, na melhor das hipóteses, um local para lutar pelo “bom combate” através de algum ministério. Não adianta gostar ou desgostar: é fato!
Desgosto. Hoje em dia, cada um que quer faz a sua denominação. Afirmo sem medo de errar que a maioria das novas denominações são fruto da ganância pessoal, do benefício próprio ou por pura vaidade de algum líder carismático em implantar a “sua visão” da obra. É batata: basta brigar com o dono da igreja (que deveria ser Jesus…mas nem sempre é) que o “nervosinho” sai para fundar uma nova igreja igualzinha a anterior, somente com mais algum nome esquisito na bagagem . Nada de novo será oferecido. Só mudará o RG do novo “dono” da igreja.
Meu sonho. O mundo com uma só igreja, com “uma só mente e um só coração” (leia Atos 4.32), pensando unicamente na propagação do reino de Deus e sua justiça, no benefício do outro e na propagação do amor de Cristo como fonte de vida para toda humanidade. A igreja já foi isso lá no comecinho. Talvez, os 2 mil anos de idade tenham deturpado em demasia esse nobre propósito, mas se quisermos e lutarmos por esse ideal, poderemos ser a igreja do qual o coração de Jesus se enche de alegria. Precisa começar por alguém. Topa?
Fonte: BEREIABLOG
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